sexta-feira, 8 de abril de 2016

Nó Poético


Certa vez, em meu curso de Comunicação de Escrita e Revisão Gramatical, a professora como de costume, passou o tema para a redação; dessa vez foi um tema um tanto incomum, um "Nó". Sim, literalmente um nó de corda, cadarço e etc.
 - Sabe esse nó que está na tela? Escreva sobre ele pessoal.
Eu pensei: Que diabos escreverei sobre um nó? (É claro que esta é a forma mais formal para descrever o que pensei).
Mas, propus-me ao desafio, resolvi brincar um pouco com o sotaque nordestino e acabou saindo um poema intitulado de Nó Poético, veremos:

NÓ POÉTICO

Deu um "nó em meu cérebro"
Quando fui ao Nordeste, 
e ouvia as pessoas comentarem
sobre a "nóvela"

Esse "Nó" soa estranho
a um Paulistano que só conhece
o nó cantado por Criolo.

Aliás, como o cantor do Grajaú
Fiquei com um "nó em minha orelha"
Para entender esse sotaque

Pobre Paulistano da terra de Adoniran
que fala cantando e diz:
- não tenho sotaque algum, "mano"

Assistindo aos "nóticiários"
peguei um pouco da beleza 
da fala.

Voltei a São Paulo,
ansioso para exibir
meu novo jeito de falar.

Mas, me deu um "nó na garganta"
Ao perceber que o "Nó" nordestino
no Sudeste vira piada.

Abra a mente meu povo!
Celebre as nossas diferenças
e desate esse "nó cego" de sua cabeça